Chás de ervas para emagrecimento
É muito comum escutarmos em conversas do nosso dia a dia sobre chás de ervas para emagrecimento. Devido ao fato das ervas serem substâncias naturais com benefícios comprovados para a saúde, muitas pessoas acreditam que elas não são capazes de trazer malefícios também. Mas o uso descontrolado e sem critérios das plantinhas pode fazer tão mal quanto o de substâncias sintéticas.
Com isso em mente, o Minuto Saudável listou algumas informações importantes sobre o assunto.
Quando chás de ervas são recomendados?
As ervas, quando consumidas com cautela, podem trazer grandes benefícios para a saúde. É importante ressaltar que os chás de ervas só devem ser consumidos sob orientação e acompanhamento de um (a) médico (a) ou nutricionista. As substâncias podem causar interações medicamentosas e, dependendo de sua função no organismo, não devem ser consumidas por pacientes portadores e diagnosticados com algumas condições.
Além disso, nenhum chá deve ser recomendado para o emagrecimento, nem mesmo por profissionais da saúde. Alguns deles são incluídos na alimentação por motivos específicos para cada paciente, como por exemplo, para auxiliar um (a) paciente que está em reeducação alimentar, reduzir edemas, diminuir a ansiedade, entre outros.
Combinação de ervas: quais são os riscos para a saúde?
Devido aos diferentes benefícios, funcionalidades, modo de absorção e efeitos colaterais de cada erva, consumir uma combinação delas pode trazer maiores riscos para a saúde, como:
- Interações entre as ervas que potencializam efeitos tóxicos;
- Sobrecarregamento do organismo devido a combinação de ervas com o mesmo efeito;
- A combinação de substâncias hepatotóxicas (aquelas que causam danos ao fígado), como chá verde, carqueja e sucupira, quando consumidas em excesso, podem resultar em hepatite fulminante e levar o paciente a necessitar de um transplante de fígado;
- Desidratação e perda de nutrientes;
- Um dos grandes perigos da combinação de ervas em cápsulas é não saber qual a concentração exata de cada uma delas.
Além disso, é importante ressaltar que os chás trazem esses malefícios quando consumidos em excesso, quando há um limite diário de consumo de 1 ou 2 xícaras por dia eles dificilmente terão efeito tóxico ao organismo. Já no caso dos chás em cápsulas, a falta de estudos clínicos a respeito delas faz com que não seja possível saber qual a quantidade segura de consumo, por isso, seu uso não é recomendado.
Chás de ervas podem ser comercializados no Brasil?
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), produtos que contém substâncias fitoterápicas, como chapéu-de-couro, cavalinha, douradinha, salsaparrilha, carobinha, sene, dente-de-leão, pau-ferro e centella asiática são considerados medicamentos e só podem ser vendidos com bula, em farmácias ou drogarias.
Portanto, empresas que fabricam chás que contêm qualquer uma dessas ervas e os comercializam como suplemento alimentar estão ocultando informações importantes e que apresentam alto risco à saúde.
Além disso, todo produto com ação terapêutica precisa estar registrado na Anvisa. A agência disponibiliza uma ferramenta para a pesquisa de produtos regulares e irregulares.
Os chás de ervas para emagrecimento realmente ajudam na perda de peso?
Não. A perda de peso acontece quando há um conjunto de mudanças, de médio a longo prazo, de hábitos alimentares, de exercício regular e de estilo de vida. Não há milagre no emagrecimento e os produtos que prometem soluções milagrosas são altamente perigosos para a saúde.
Ademais, não há comprovação científica de que o chá, de qualquer erva, promova o emagrecimento. Algumas têm apenas efeito diurético (diminuição da retenção de líquido), mas não emagrecem.
Com moderação, o consumo de chás de ervas pode trazer benefícios à saúde. Para mais informações a respeito de qual não é recomendado para cada condição de saúde, consulte um (a) médico (a) ou nutricionista.
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